O papel que é um dos tipos de mídias para impressão em plotters, é um plano feito a partir de fibras de origem vegetal. As Mídias Fine Art para plotter também se incluem nas mídias para impressão com matéria prima de origem vegetal.
As fibras adquirem resistência com a sua colagem interna.
A colagem interna é o principal fator de interferência no controle de penetração de líquidos, seja como exemplo a água ou no processo de impressão.
Antigamente, os papéis eram todos fabricados pelo processo de colagem ácida. Neste processo utilizava-se como agente de colagem o sulfato de alumínio, a cola de breu e a alumina. Estes aditivos acidificavam o meio e o papel final produzido ficava com uma faixa de pH de 3,5 a 5,5 com uma grande desvantagem que era de ficar com tonalidade amarelada e ter uma durabilidade muito pequena, ou seja, o papel se degradava com facilidade e perdia a brancura e a alvura com o passar do tempo.
Com novas tecnologias desenvolvidas os agentes de colagem foram substituídos por produtos que são derivados do petróleo ( cola ASA e AKD ) permitindo maior estabilidade a uma faixa de pH alcalino ( 7,5 a 8,5 ). Com isso, o carbonato de cálcio utilizado como carga mineral se tornou mais estável e o papel, além de ter ganho em brancura, também ficou mais durável sem ocorrência de reversão de alvura e degradação do papel.
O Que Tem Isto Com Mídias Fine Art Para Plotter ?
É importante para o gráfico e impressor em grande formato conhecer essa característica, pois, num papel pouco colado e muito poroso (com valores altos de permeância ao ar) carregado para impressão no plotter, poderá ocorrer a migração da tinta de uma face para outra da folha durante a impressão, causando o repinte, além do excesso de ganho de ponto devido à penetração excessiva da tinta no papel.
Por outro lado, num papel muito colado e/ou muito liso, poderá acontecer um aumento no tempo de secagem da tinta, causando o decalque no impresso.
Imagem : Foto tirada na fábrica da Canson na França com foco na marca d’água no papel.
Fonte : Adaptado de ABTG – Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica por Célio Robusti – Na íntegra aqui .
